Blitz |
Minha manhã começou do mesmo jeito que no passado: peguei um ônibus e fui até o local dos shows, no centro da cidade. Lembro que na década de 80, era muito comum diversos shows rolarem em vários locais como Parque do Ibirapuera, Estádio do Juventus, etc.
Na década de 80, trabalhava na discoteca da rádio Eldorado FM e na redação da Transamérica FM. Pela manhã, entrevistava os novos artistas que iam visitar a emissora para lançar seus trabalhos. À tarde, catalogava e guardava os LP's na gigantesca discoteca da Eldorado.
Era normal tomar café com Nando Reis dos Titãs ou Marina Lima, até porque eram jovens em ínicio de carreira. Nas grandes festas de lançamento dos discos, nos esbarrávamos e jogávamos muita conversa fora.
Como trabalhava em rádio, ganhava todos os LP's, muitos deles autografados. Nesse período, dividia uma casa no bairro de Perdizes com um divulgador da Odeon - Zé Antonio - que era o cara responsável pela divulgação da Blitz em São Paulo e Nelson Beccari, técnico de som e amigo de trabalho na Eldorado.
Ainda como jornalista da Transamérica FM, fui cobrir o primeiro Rock in Rio e, assim como hoje, tive a oportunidade de assistir e curtir Evandro Mesquita e a Blitz. No Rock In Rio, a Blitz era a banda nacional sensação do momento. Acredito até que foi a primeira banda brasileira a se apresentar no festival com um show super produzido. A música "Você não soube me amar" tocava de 5 em 5 minutos e todo mundo sabia a letra de cor e salteado. Lembro que assisti a um show sofisticado, cheio de efeitos especiais onde até um mini-carro entrou no palco.
O tempo passou, mudaram alguns componentes da banda, mas a alegria de tocar continua forte.
Tenho a certeza de que eles também se surpreenderam ao ver um público formado em sua maioria por garotos e garotas que nem estavam pensando em nascer quando estouraram. Alguns, quem sabe, foram até concebidos ao som de "Dois Passos do Paraíso" ou da sugestiva "Geme Geme".
Hoje, assim como no passado, todo mundo cantou junto, do começo ao fim, os sucessos da banda.
O show e a viagem ao passado acabaram. Para mim ficou a certeza de que quando a música é boa, 25 ou 52 anos não faz diferença: sempre haverá uma multidão para cantá-la.
Obrigado Blitz !
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