Estação de trem de Louveira, interior de São Paulo. |
Quem já teve a oportunidade de viajar para a Europa ou Estados Unidos, por exemplo, encontrou inúmeros prédios históricos bem conservados e em funcionamento. Muitos deles operando como museus, pontos de informação turística ou até mesmo restaurantes ou lanchonetes. Independente dos governantes, a população se preocupa em cuidar do que é seu e reconhece a importância desses prédios para a história da cidade.
No Brasil é gritante o estado de abandono das estações ferroviárias. Principais vias de acesso de mercadorias, passageiros e notícias, as estações de trem contribuíram para o surgimento de centenas de cidades espalhadas pelo interior até meados do século passado. Com a opção de se investir em rodovias, aos poucos as ferrovias foram sendo esquecidas e sua importância diminuída até chegar próximo de zero.
Pelos trens chegavam e saiam pessoas e mercadorias. O que antes eram pequenos vilarejos, com o passar dos anos, se transformaram em importantes cidades como é o caso de Jundiaí e Louveira. A história da estação de trem de Louveira é muito interessante pois ela foi a primeira a ser eletrificada na América Latina e, graças a sua interligação com o ramal Itatibense, passou a ser o principal entreposto de entrada e saída de mercadorias do interior paulista e sul de Minas Gerais em direção ao Porto de Santos.
Uma das iniciativas de se preservar a história desse local é a revista e documentário que estão sendo lançados pelo jornalista Eduardo Sona e pelo designer René Monterrey. Após pesquisas, entrevistas e levantamentos de fotos e filmes antigos, os dois realizaram um registro completo que conta a história e, principalmente a importância dessa linha.
A revista e documentário deverá ser lançada em junho em toda a região. Em agosto, será montada uma exposição itinerante que visitará escolas e bibliotecas de Jundiaí, Louveira, Vinhedo e Campinas.
Mais informações pelo email: eduardo.sona@gmail.com
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