segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A cidade de Brasília não tem culpa de nossos erros

Os anjos da Catedral de Brasília

Recentemente fui à Brasília para participar da abertura do "Encontro Nacional dos Novos Prefeitos", evento que reuniu mais de 20 mil pessoas de todo o Brasil, no belíssimo Centro de Exposições Ulisses Guimarães, bem pertinho das obras de construção do novo Estádio Mané Garrincha. Nem me atrevo a chamar aquela gigantesca obra de reforma. É muito grande e bela.

Brasília para muitos brasileiros é sinônimo de picaretagem, de coisa errada. Como disse um amigo brasiliense: os políticos que aqui estão, em sua grande maioria, vieram de outros estados e cidades. E ele tem razão: é uma injustiça querer colocar a culpa de nossos erros nas urnas naquela obra-prima de Oscar e Lúcio. A cidade é linda, organizada, planejada e, acima de tudo, formada por um povo educado e receptivo. 

Cheguei no sábado à tarde, em um vôo direto de Viracopos. Aí vai a primeira dica: os vôos da Azul pousam no Terminal 2 do Aeroporto de Brasília, um pouco afastado do terminal principal. Não tive maiores dores de cabeça, pois o trajeto entre os dois terminais é gratuíto e feito por vans da companhia.
No Terminal 1 peguei um rádio táxi que me levou até a Asa Norte, onde fiquei hospedado. Outra dica interessante: se você ligar para o rádio táxi, a sua corrida tem um desconto de 20%.

Devidamente hospedado, organizei a minha saída para explorar a cidade. No domingo, embaixo de uma fina chuva, fui caminhando em direção ao Eixo Monumental. Minha primeira parada foi no Shopping Center de Brasília: um lindo e moderno prédio de onde parte os famosos ônibus de 2 andares para turistas.

Por ser um domingo de chuva, o meu roteiro teve que ser feito a pé e de táxi. Minha próxima parada foi a Catedral de Brasília. Moderna e linda por fora e por dentro, é um dos principais cartões postais da cidade. Para quem quer assistir a missa, um dos horários é domingo às 11 horas. Durante o culto não é permitido fotografar e nem filmar a igreja.

De lá, fui ao Museu, uma meia bola de concreto gigantesca construída entre a Catedral e a Biblioteca Municipal. Confesso que esperava mais do Museu.

Desse ponto do Eixo Monumental, você já avista o Congresso Nacional. Sim, o famoso conjunto de prédios que reúne o Senado e a Câmara dos Deputados. Para quem fugiu da escola, o Senado é a construção onde a tijela está com a boca para baixo e a Câmara, com a boca para cima. 

Resolvi encarar uma visita no Congresso e, confesso, que fiquei surpreso com tudo: arquitetura do local, o atendimento dos guias, as obras de arte e, principalmente, com a mensagem reforçada por todos os funcionários que cruzamos de que aquele é um espaço do povo e que deveria ser ocupado por todos.
Do Congresso Nacional, parti para a Praça dos 3 Poderes, outra construção magistral de Niemeyer. Ver todo aquele conjunto arquitetônico é muito emocionante e reforça ainda mais a sensação de injustiça com Brasília. 

Lembre-se de que se há políticos corruptos, eles estão lá porque os eleitores votaram neles. Político ladrão não brota do chão.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A espiral da vida.

Interior do Templo da LBV - Brasília.
O Templo da Legião da Boa Vontade está localizado na Asa Sul, próximo à W3 Sul - demorou mas consegui aprender a me localizar em Brasília - bem perto do cemitério da cidade e os hospitais.

Trata-se de um templo ecumênico, aberto para todas as religiões e credos. Perceba na foto que o piso é uma espiral. A ida até o centro é a faixa escura e a volta, a mais clara. 

O templo tem a forma de uma pirâmide. No alto, bem no centro, está instalado um cristal.
Ao entrar no templo, você encontrará alguns bancos de madeira onde poderá deixar suas malas, casacos, mochilas e sapatos.

Adianto que fazer o trajeto da espiral é místico, contemplativo e relaxante. Ao longo da caminhada é impossível você não comparar com a jornada de sua vida. O ínicio parece que o caminho será longo e difícil mas, aos poucos, ele vai ficando cada vez mais curto até chegar ao centro.

Após uma oração, você inicia o caminho da volta, desta vez, pela faixa mais clara. Revigorado e cheio de energia, você termina a jornada em frente ao altar. Uma boa hora para agradecer a Deus por tudo, principalmente, por sua caminhada.

Aeroporto de Viracopos: mudanças boas... e algumas coisas ruins.

Na semana passada embarquei para Brasília à partir de Viracopos. Já tinha um tempo que não visitava esse aeroporto, apesar de ser quase do lado de casa. Foi uma grata surpresa ao constatar as inúmeras mudanças realizadas pela nova concessionária: uma nova praça de alimentação, nova ala de check-in, wifi grátis em todas as salas, enfim, ficou muito bom.

Há, porém, alguns pontos que precisam ser levantados. O primeiro deles é o trajeto de Vinhedo ao Aeroporto. Como esse é o segundo aeroporto mais importante do Estado de São Paulo e porta de entrada de muitos turistas internacionais que virão à partir deste ano, vai ficar difícil explicar o que é a perigosa muvuca que se forma ao lado da pista que leva ao aeroporto. À beira da estrada, acontece uma verdadeira feira livre vendendo de tudo: geladeiras velhas, carros, frutas, ferramentas, enfim, um mercado de tranqueiras à céu aberto.

Não estou falando apenas do visual, mas também da falta de segurança para ambas as partes: para as pessoas que frequentam essa feira e para os veículos que trafegam pela rodovia. No que diz respeito à imagem institucional do Brasil, garanto que não fará muito bem para o marketing.

Todo mundo que viaja sabe que comer em aeroporto é uma coisa cara, mas no caso de Viracopos, não precisava exagerar: um absurdo! Mesmo com a nova praça de alimentação e a intensa movimentação de turistas, os preços continuam muito salgados. Pagar quase 7 reais por uma simples coxinha é judiar do bolso dos já esfolados turistas brasileiros...