sexta-feira, 21 de junho de 2013

3, 2, 1... PLAY VIDEO


Como meu blog recebe inúmeros visitantes do exterior, nada mais justo do que deixar claro para meus leitores a real situação do país.
Tudo bem que o blog é de turismo, mas nessa hora, não podemos ficar calados...


As my blog gets many visitors from overseas, nothing fairer than to make clear to my readers the real situation of the country.
All though the blog is tourism, but this time, we can not remain silent ...


quinta-feira, 13 de junho de 2013

"O brasileiro é tão bonzinho..." - Kate Lyra

Atriz e profetisa que na década de 70 criou o bordão
"Brasileiro é tão bonzinho".
"Diária em hotel aumenta até 376% para Copa do Mundo, diz Embratur"

Na semana passada eu postei que o Ministro do Turismo havia pedido aos empresários brasileiros do ramo hoteleiro que cobrassem tarifas, digamos, "normais" nas hospedagens dos turistas durante a Copa do Mundo. Pelo jeito, não deram muita bola para essa solicitação oficial e, literalmente, "enfiaram o pé na jaca".

O Brasil, que poderia se beneficiar espetacularmente com o aumento de turistas estrangeiros, está jogando tudo pelo ralo. Pesquisa divulgada ontem (12/06) no site da FIFA aponta aumentos de até 376% nas diárias dos hotéis brasileiros.

Nesse item já viramos campeões mundiais, ganhando fácil de outros países que organizaram copas do mundo. Segundo a Embratur, as tarifas são 2,5 vezes mais altas do que as praticadas em Berlim, no Mundial de 2006, e em Johannesburgo, na Copa do Mundo de 2010.

Ainda de acordo com a matéria "Em Brasília, a comparação foi realizada em dois hotéis cinco estrelas. No primeiro, a diária em agosto de 2013 custa U$ 134. Para a Copa do Mundo de 2014, o valor passa para U$ 639, uma variação de 376%. Na outra unidade, localizada a cerca de um quilômetro do Estádio Nacional Mané Garrincha, a diária em agosto está cotada a U$ 125 e em junho de 2014 custa U$ 392, variação de 213,6%. "

Sim, você leu isso mesmo: um hotel que hoje custa US$ 134 custará US$ 639 na Copa do Mundo.

O Presidente da Embratur, Flávio Dino se diz chocado com esse aumento, pois ele poderá contaminar toda a cadeia produtiva do turismo brasileiro. O levantamento já foi encaminhado para a Secretaria de Defesa do Consumidor para que sejam realizadas apurações sobre esse abuso.

Sejam bem-vindos, gringos...
Há tempos eu venho escrevendo sobre os abusos, descasos e desmandos do turismo brasileiro. O problema é que chegou em um ponto perigoso e que poderá comprometer qualquer iniciativa futura de transformar o País numa potência turística. Nossa imagem no exterior já não é lá essas coisas e com situações como essa, tende a piorar.

Outro ponto que devemos levar em consideração é que vai sobrar para todo mundo, principalmente para os brasileiros. Vai sair mais barato você assistir a Copa do Mundo pela TV em algum hotel da Europa ou Estados Unidos do que na sua própria pátria.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Usando lan house no exterior...


Em 2010, quando viajei para a Europa pela primeira vez, achei que seria prático e fácil usar a internet em lan house ou até mesmo dentro dos albergues por onde passei. Não levei notebook e fiquei à mercê dos computadores públicos. O detalhe é que, diferente do Brasil, é normal usar e abusar das redes wi-fi gratuitas dos restaurantes e, até mesmo, dos albergues. 

Me enganei redondamente e paguei caro pelas horas de acesso nos computadores públicos - cerca de 3 euros a hora - isso sem contar que nunca achei os acentos no teclado. Descarregar foto ou enviar e-mail também dava um pouco de trabalho. Depois de umas horas, notei que todos os mochileiros andavam felizes e contentes com seus notebooks e netbooks. Só lembrando que em 2010 o tablet ainda não era popular. Mas, de qualquer forma, estando com um computador portátil era só apertar o botão e se conectar gratuitamente.

Gastei uma grana com os cartões pré-pagos de acesso à rede mundial. Cada cartão gasto era um passeio a menos ou uma lembrancinha perdida. No total, foram quase 50 euros em internet nos 17 dias, dinheiro suficiente para encher a mochila de vinhos italianos, salames e queijos. Ainda bem que as experiências negativas servem para você aprender a não errar no futuro.

No ano seguinte, passei a viajar equipado. Primeiro com um netbook da HP e depois com o iPad. Claro que, de 2010 até hoje, os dispositivos móveis se tornaram comuns e baratos. Mas, o que levar hoje na mochila ? Bom, qualquer dispositivo, menos o notebook. Pesado e pouco prático, você será considerado um ET em qualquer lugar que resolver abrir a tampa da máquina para navegar.

Se o seu smartphone tem conexão wi-fi, ótimo. É só pedir a senha na recepção do albergue e se conectar. O mesmo vale para os tablets. No geral, a velocidade da internet é alta e você não terá dificuldades em usar o skype, por exemplo.

Agora, se você resolveu teimar e decidiu não levar nenhum equipamento, se prepare para conhecer as lan houses européias. Não se assuste, mas você acabará, muitas vezes, em lojas escuras e muito feias. Uma boa parte dessas lojas pertence a árabes ou indianos que montam esses locais justamente para atender à uma população muito pobre e que não tem condição de comprar seu computador muito menos assinar uma internet. Além da falta de limpeza e higiene do local, outro problema, até mais sério é a segurança de suas senhas ou número do cartão de crédito.

A dica é aproveitar a viagem e comprar o seu smartphone ou iPad lá fora. Além de pagar mais barato, você terá um dispositivo pronto para usar em qualquer lugar onde estiver.


Eduardo Sona é jornalista e apresentador de TV. Acesse o blog www.mochileiro40tao.com